Trabalho sobre A Economia no Século XVI

A economia no século XVI

A sociedade colonial é reflexo fiel de sua base material; a economia agrária. O senhor rural monopoliza a riqueza, e com ela seus efeitos naturais: prestígio e domínio. A posição privilegiada do Brasil, no primeiro século da colonização, como grande produtor de açúcar, favorece uma prosperidade que garantirá a constituição de grandes fortunas. Tal abastança exigia, naturalmente, o esforço de centenas de trabalhadores.

É de fato essencialmente escravista a economia colonial brasileira.  Índios ou negros, os escravos eram a maior parte da população colonial. Quanto aos homens livres que não dispunham de recursos para se classificar entre os senhores, e que dependia por isso do trabalho próprio, sofriam a influência aviltante da massa escrava. A princípio, o trabalho livre pouco se diferencia do escravo. Mesmo o pequeno proprietário - que era raro - é pouco mais que um “servo” que vive na dependência do grande domínio. Os agregados (escravos libertos ou mestiços) vivem nos domínios do senhor prestando todo tipos de serviço: mensageiro, vigia,... Entre eles figuram os rendeiros que pagam aluguéis em dinheiro ou em produtos e vivem em situação precária. Em suma, na propriedade quem domina é o senhor. Que se fixa em sua terra cede toda a liberdade. Os assalariados são muito poucos e não chegam a constituir uma categoria a parte. Encontramo-los em funções qualificadas no engenho - feitores, mestres de açúcar,... 

Tais são em linhas gerais a composição simples e condições sociais no primeiro século e meio de colonização. Reduz-se a duas classes: de um lado os proprietários rurais, de outro lado a massa da população espúria dos trabalhadores do campo, escravos e semilivres. De uma infraestrutura simples - a terra absolvida pela exploração agrícola - deriva a estrutura social. As gradações que acima me referi na camada trabalhadora, não são profundas o suficiente para caracterizá-las distintamente.

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