Trabalho Pronto - A Camada de Ozônio
Resumo de biologia sobre a camada de ozônio.
Situada na estratosfera, entre 20 km e 35 km de altitude, a camada de ozônio tem cerca de 15 km de espessura. Sua constituição, há cerca de 400 milhões de anos, permitiu o desenvolvimento de vida na Terra, já que o ozônio, um gás rarefeito cujas moléculas se compõem de três átomos de oxigênio, impede a passagem de grande parte da radiação ultravioleta emitida pelo Sol.
A redução da concentração de ozônio na atmosfera provoca maior incidência dos raios ultravioleta, o que diminui a capacidade de fotossíntese nos vegetais e afeta as espécies animais. Nos seres humanos compromete a resistência do sistema imunológico e causa câncer de pele e doenças oculares, como a catarata.
Redução da camada-Como a composição da atmosfera nessa altitude é bastante estável, a camada de ozônio manteve-se inalterada por milhões de anos. Nas últimas décadas, entretanto, vem ocorrendo uma diminuição na concentração de ozônio, causada pela emissão de poluentes na atmosfera. O maior responsável é o cloro presente em clorofluorcarbonetos (CFCs).
Ele é utilizado como propelente de sprays em embalagens de plástico, chips de computador, solventes para a indústria eletrônica e, especialmente, em aparelhos de refrigeração, como geladeira e ar-condicionado. A relação entre o CFC e a diminuição da camada de ozônio começa a ser discutida em 1974 pelo químico norte-americano Frank Rowland (1927-) e pelo mexicano Mario Molina (1943-), ambos ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 1995.
Dez anos depois, em 1984, é detectado um buraco na camada de ozônio sobre a Antártica, cuja extensão, 7.000.000 km², supera as previsões mais pessimistas.
Um novo inimigo é descoberto em 1992: o brometo de metila, um inseticida usado em plantações de tomate e morango, que existe em quantidade bem menor que o CFC, mas é muito mais prejudicial. Calcula-se que o bromo encontrado no brometo de metila seja responsável por 5% a 10% do total da destruição da camada de ozônio no mundo.
Políticas ambientais-Em 1987, 24 países assinam o Protocolo de Montreal, no Canadá, comprometendo-se a restringir à metade a produção de CFC até 1999. Em junho de 1990, a ONU determina o fim gradativo da fabricação de CFC até o ano 2010. No mesmo ano é criado o Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e Consumo das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, que pretende acabar com o uso de CFC no país até 2001.
Entre 1988 e 1995, a utilização de CFC cai 76% no mundo inteiro. Os Estados Unidos, em 1994, substituem totalmente o produto, assim como vários países-membros da União Européia. O Brasil reduz o consumo em 31%. Em julho de 1998, a Comissão Européia anuncia a intenção de reduzir as emissões de CFC, HCFC (hidroclorofluorocarbonos) e brometo de metila nos países da União Européia.
A entidade pretende proibir totalmente o uso de HCFCs até 2004 e a produção a partir de 2008. Os HCFCs passaram a ser usados para substituir o CFC; porém, embora menos prejudiciais, também atacam a camada de ozônio.O resultado dessas ações já pode ser sentido: a Organização Mundial de Meteorologia das Nações Unidas (OMM) registra em 1998 uma diminuição na quantidade de gases nocivos na atmosfera, com exceção do brometo de metila. Apesar disso, o buraco na camada de ozônio continua aumentando.
Como eses gases levam cerca de seis anos para chegar à estratosfera, a OMM calcula que em 2001 a camada atingirá sua espessura mais crítica. A organização estima que, se as metas do Protocolo de Montreal continuarem a ser cumpridas, a camada só será recuperada na metade do próximo século.