Resumo Teoria do Medalhão
Resumo do Livro Teoria do Medalhão de Machado de Assis.
Resumo do Livro: Teoria do Medalhão - Machado de Assis
Machado de Assis escreveu o conto "TEORIA DO MEDALHÃO" em 1881 na Gazeta de Notícias.
FICHAMENTO ASSIS, Machado. Teoria do Medalhão.
Parágrafos de 1 a 9: Um pai começa uma conversa com o filho após o jantar de aniversário deste, que completa 21 anos, falando que na vida uns são conhecidos (e reconhecidos) e outros são anônimos, estes últimos sendo a maioria.
E o pai fala que vai ensinar ao filho uma profissão para recompensar o esforço durante a vida, caso as outras profissões falhem.
Parágrafos de 10 a 14: O pai aconselha ao filho o ofício de medalhão. Fala que o filho é moço, mas que deve moderar os impulsos, para que aos quarenta e cinco anos, a idade que o medalhão se manifesta (alguns com mais e outros com menos), nele se manifeste.
Parágrafos de 15 a 23:Entrando na carreira de medalhão, deve se abster de ter ideias.
Diz o pai a seu filho que ele se enquadra na carreira por não ter muitas idéias próprias. Com a idade pode ser que elas venham, e o modo de preveni-las sendo fazer atividades que não permitem o surgimento de idéias, como jogos de bilhar, ler retóricas, passeio na rua, desde que seja acompanhado para que a solidão não dê margem a idéias.
Pode ir também a uma livraria, para contar uma piada, um caso, um assassinato, mas não para outro fim, pois a solidão não convém ao fim do ofício. Com isso, em até dois anos pode se reduzir bastante o intelecto.
Parágrafos de 24 a 28: Quando o filho reclama que não se pode enfeitar muito o que fala ou escreve, o pai diz que pode empregar figuras, sempre carregar citações, máximas, discursos prontos, frases feitas.
Se for feita uma lei por exemplo e esta não der certo, apenas dirá: "Antes das leis, reformemos os costumes". Isso poupará problemas e futuras discussões.
O filho diz que o pai não gosta da aplicação de processos modernos, mas este responde que condena a aplicação mas louva que se fale sobre a modernidade.
Também convém saber das descobertas e interesses das ciências do momento, com o tempo seus significados e terminologia sendo aprendidos, sem ter que aprender com os professores e mestres da ciência, pois com eles é perigoso formular idéias.
Parágrafos de 29 a 36: Agora o pai fala dos benefícios da publicidade. Primeiramente, em vez de escrever um "tratado científico sobre carneiros", deve dá-lo em forma de um jantar aos amigos e fazer com que a notícia se espalhe.
Em seguida, deve fazer festas, ter figuras da imprensa nelas para que torne-se pública seu acontecimento. Acaso a imprensa não possa deve ele mesmo redigir uma matéria para ser divulgada.
A consequência disso é que com o tempo tornar-se conhecido e passar ele então a ser chamado para festas e vir a ser uma figura indispensável nelas.
Parágrafos de 37 a 41: Pode-se, então, entrar na política, ficar ligado a algum partido, contato que não adote a idéia de nenhum. Se entrar nela, é bom usar a tribuna para chamar a atenção pública.
É melhor que sejam discursos sobre algum assunto que incite debates ou discussões, mas sem que surjam novas idéias, como, por exemplo, falar de assuntos ligados à metafísica política, pois neste ramo tudo já está pensado, devendo a pessoa só recorrer à memória para eventuais comentários.
Parágrafos de 42 a 53: O filho indaga se não deve ter nenhuma imaginação ou filosofia. O pai responde que não, mas que deve se saber falar sobre "filosofia da história", mas não sabê-la, devendo-se fugir a tudo que leve à reflexão.
Quanto ao humor, ser medalhão não é sinônimo de ser sério, podendo-se brincar, mas sem usar de ironia, mas usar da chalaça.
Vendo que já é meia noite, o pai pede ao filho para que vá dormir e pense bem no que foi conversado, pois, guardadas as proporções, a noite valeu pelo "Príncipe" de Maquiavel.
RESUMO ASSIS, Machado. Teoria do Medalhão.
É a história de um pai que após um jantar de aniversário de seu filho o chama para conversar.
Tratam sobre o futuro do filho e o pai começa a aconselhá-lo que para garantir que o esforço dele durante toda a vida seja recompensado, ele deve além de sua profissão cultivar o "ofício" de medalhão.
O ofício requer uma pessoa que não pense muito, não tenha idéias próprias, que viva para ser popular e chamar a atenção.
Esse ofício requer uma pessoa que quer ter o nome lembrado, mas sem muitos esforços, parecendo ser culto, sábio, que agrada a todos, simpático, quando na verdade não é.
Para isso não se deve ter idéias que divirjam das demais, ser conivente com a maioria das pessoas, ser tido como necessário em todos lugares, eventos sociais e festas.
O pai aconselha-o de diversas formas sobre como não ter idéias próprias, como passear sempre acompanhado, ir em livrarias apenas para contar piadas ou acontecimentos do dia, saber das idéias já pensadas na filosofia e sobre as ciências, mas impedir que algumas dessas idéias influenciem para reflexões ou mudar seu pensamento.
É importante apenas ter fama de ser sábio, sem necessariamente o ser. Enfim, ser um "medalhão" é ser uma figura considerada na cidade, respeitada, querida pela maioria das pessoas. Isto para ser lembrando durante a vida e depois da morte também.