Resumo sobre o Positivismo

O Positivismo, escola filosófica fundada por Augusto Comte considera que o espírito humano atravessa três estados teóricos e distintos: O teológico, o metafísico e o positivo, que são três métodos diferentes de busca do conhecimento. O positivismo interpreta o primeiro estado como a “infância da humanidade”. O segundo, de transição, é caracterizado pelo espírito de crítica. O terceiro, finalmente, utilizando processos próprios e científicos, representa a idade madura da humanidade e inaugura um período fixo e definitivo. Essa evolução se acha consubstanciada na “lei dos três estados”, formulada por Comte, espécie de espinha dorsal do Positivismo, cujo maior esforço teria sido o aniquilamento da teologia e a destruição da metafísica. O resultado dessa atitude foi só considerar verdadeira a filosofia quando aplicada aos fenômenos naturais, os quais se acham sob o domínio das leis imutáveis.

A história do Positivismo no Brasil tem importância especial para a evolução das ideias no país. Foi sob o patrocínio dessa escola que, em grande parte, se fez a preparação teórica para a implantação da República. Vários republicanos eram positivistas, ocupando posições importantes na administração pública nos primeiros anos seguintes a decadência do Império. No setor político, Benjamim Constant, positivista e republicano, teve grande atuação principalmente no exército. No Rio Grande do Sul, cuja constituição republicana era fortemente marcada pela doutrina de Comte, ocupou o governo positivista Júlio de Castilhos, que foi sucedido por outro, Borges de Medeiros.

Foi em 1858 que a doutrina positivista apareceu pela primeira vez no Brasil escrita em Português. A ação do Positivismo no Brasil ia de encontro com a posição filosófica de base espiritualista. Nesse combate estava o Positivismo ao lado do evolucionismo e do materialismo. Foi através de brasileiros que foram estudar na França que essa escola estendeu-se e tomando força e importância. Recife era o principal centro de irradiação da doutrina, através da chamada “escola de Recife”. A bandeira da República, com a expressão “Ordem e Progresso” idealizada por Miguel Lemos e Teixeira Mendes deixa clara a influência dessa doutrina.