Resumo sobre o Petróleo
Trabalho pronto escolar de geografia sobre o Motor do século e do capitalismo - Petróleo.
Em 130 anos, o petróleo ergueu fortunas, moveu nações e povos e moldo a civilização atua. Imagine se todos os poços de petróleo do mundo secassem amanhã. As pessoas não teriam com voltar para casa de ônibus ou de automóvel. Os geradores de energia elétrica entrariam em colapso e as cidades ficariam às escuras. Nas regiões mais frias da terra, o frio provocaria uma mortandade por falta de calefação. Fábricas e indústrias parariam as máquinas. No campo, tratores e ceifadeiras esvaziariam seus tanques e o espectro da fome rondaria o mundo. Aviões não levantariam voo. Navios ficariam nos portos. Faltariam remédios, borracha e tecidos sintéticos. E também gás de cozinha, sabão em pó, detergente. Faltariam tinta, acrílico, solvente, plásticos e assemelhados - do saquinho de leite aos cubos de PVC - sumiriam do mapa. "Seria o colapso da civilização tal qual a conhecemos hoje", afirma um dos maiores especialistas no tema, Daniel Yergim, presidente do Cambridge
Energy Research Associantes e autor do livro Petróleo - Uma História de Ganância, Dinheiro e Poder.
O petróleo enraizou-se na vida do homem de tal forma que é impossível concebê-la sem ouro negro. O homem descobriu o fogo, a roda, a vela, os aquedutos, os moinhos de vento, a máquina a vapor. Há quase um milênio, descobriu-se o carvão, que até o início deste século reinaria absoluto no mundo como fonte de energia. Mas nenhum combustível provocou mudanças tão profundas na vida da humanidade como o petróleo. E é tido como louco quem sugerir que outro venha a ter o mesmo impacto. Em 1859, um maquinista aposentado, Edwin Drake, fez jorrar a primeira gota de petróleo, na pequena Tutisville, no Estado da Pensilvânia. Desde
então, a cidade nunca mais foi a mesma. Acontece o mesmo com o mundo. Nascia, ali, nas entranhas da terra, o motor do capitalismo. A saga do petróleo, esse líquido sujo, viscoso e que às vezes exala um cheiro de ovo podre, desenhou o século XX. Ergueu as maiores fortunas do planeta, fez a glória de uns a desgraça de outros, esteve no meio de guerras e revoluções e acabou alterando o destino de nações e povos.
No Fundo Do Mar - O petróleo teve uma história de altos e baixos. No início, dele se queria apenas o querosene, que inaugurou a "luz da era", abastecendo lampiões da Europa e dos EUA. Encantava com sua luz clara e forte e erguia a maior fortuna americana, do lendário John D. Rockefeller, primeiro magnata do petróleo e talvez o homem mais odiado nos EUA pela voracidade com que abocanhou o negócio e a crueldade com que aniquilava concorrentes. Com o advento da lâmpada incandescente, o querosene desabou. Por alguns instantes, pareceu que a indústria petrolífera chegara ao fim. Salvou-se quando surgiu o automóvel. A gasolina,
que até então era jogada nos rios por falta de comprador, ganhou um mercado e o petróleo ocupou um trono, numa associação de gigantes. Hoje, a indústria automobilística é a maior do mundo. A do petróleo vem logo abaixo. Movimentam mais de 1 trilhão de dólares por ano. A existência do petróleo é uma dádiva complexíssima da natureza. Para forma-lo, é preciso uma massa de material orgânico - um esqueleto de dinossauro ou de peixes e crustáceos que nadaram em águas onde hoje há terra. O material, que se forma numa rocha, que contenha um "recipiente", onde ficará depositado. Se isso não ocorrer sob pressão a temperatura adequadas, não haverá petróleo. A natureza leva 100 milhões de anos fazendo esse trabalho. Para o homem, achar essa obra também foi um
caminho complexo e cheio de esforços heroicos. Na Rússia os homens cavavam o solo com as mãos em busca do líquido. Na Pensilvânia, famílias inteiras se armavam de pás, picaretas e mesmo barras de ferro para perfurar a terra. Hoje, basta uma torre de aço, compressores para injetar ou tirar o ar de dentro dos poços e motores para as brocas. Em média, perfumam-se oito poços até que um valha a pena explorar. Essa operação custa menos de 1 milhão de dólares, ocupa vinte trabalhadores e jorra a primeira gota em menos de quinze dias. Ainda assim, nunca há certeza. Só que são poucas gotas para tanto petróleo que se necessita no mundo. Por essa razão, foi-se atrás do petróleo nos oceanos. As plataformas, estruturas de ferro e aço de até 40.000 toneladas, do tamanho do Maracanã, são instaladas em alto-mar. Algumas são tão altas quanto um edifício de dezesseis andares, da água até a ponta da torre. Existem as que flutuam e as que ficam fixas no
solo do mar. Ali, convive-se com ventos fortes e ondas gigantescas. No Mar do Norte, reserva da Inglaterra e da Noruega, as ondas chegam a mais de 20 metros. Os poços são perfurados por sondas de 2 quilômetros de comprimento - equivalente a um edifício hipotético de mais de 600 andares. O problema é instalar, no fundo do mar, uma broca com uma ponta de diamante industrial. Até 300 metros embaixo d'água, a operação é feita por mergulhadores, protegidos por escafandros. Abaixo disso, a tarefa é feita por robôs.