Resumo sobre o Movimento Sem-Terra

Trabalho pronto escolar de geografia sobre o Movimento Sem-Terra.

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Resumo sobre o Movimento Sem-Terra

Evidentemente, que existem opiniões dividas em relação movimento dos sem-terra; desde aquele embutidos do mais grosseiro radicalismo, que cegos pelos preconceitos culturais, de uma sociedade, cristalizadas em estratificações sociais e por isso mesmo, mutilados no seu “EGO”, se deixam levar por esses impulsos e pelo ímpeto da violência, que nada resolve e que frequentemente leva aos mais exacerbados atos, que podem se transformar numa agressão à própria vida. Disto temos, infelizmente, muitos e muitos exemplos.

O problema dos sem-terra tem que ser entendido como um aspecto em ebulição, assim como muitos outros que bem conhecemos e que só ganham sentido, quando analisados no contexto global e cultural, onde se acham inseridos.

De nada adianta e nada resolve ficar-se afirmando por aqui e por ali, que os sem-terra constituem grupos de marginais, que agredindo o Conceito Legal da Propriedade Privada, da terra se apossam e se mantêm como verdadeiros forasteiros da “LEI” e consequentemente passíveis das “PENAS”, que se aplicam a esses quadros específicos.

Diz-se por aí a Imprensa Falada e Escrita e particularmente a televisão trás até nós notícias, que não compreendidas na sua totalidade, distorcem o significado dos acontecimentos, desinformando e criando situações muito delicadas, capazes de levar às diferentes manifestações de eclosão.

Afirma-se que determinados Partidos Políticos estão solitários a esses movimentos e que defendendo semelhantes atos, são igualmente responsáveis por tantos confrontos de dolorosas consequências.

Disse ainda, que indivíduos oportunistas, estariam se infiltrando em tais movimentos, com objetivos concretos e inaceitáveis.

Por outro lado pode também afirmar, que está mal fadada Reforma Agrária, vem se arrastando há dez anos e que durante todo esse tempo, somente dois assentamentos, entre tantos outros foram totalmente, bem sucedidos, ambos no Rio Grande do Sul, que conseguiram até a organização de cooperativa, que permitiram a comercialização da “mais valha “, desfrutam hoje de condições de vida de tal qualidade, que a todos os brasileiros dever-se-ia oferecer.

E o que dizer da Bancada Ruralista no Congresso, lutando com unhas e dentes para defender seus afilhados? Por acaso este não é um comportamento antiético e imoral, vindo de que vem?

Por acaso, não existem uma enorme quantidade de terras devolutas pertencentes à Municípios, Estados e União, que são vergonhosamente ofertadas como “benesses” nas barganhas politiqueiras?

Por acaso, não existem por todo esse nosso tão rico e fértil Brasil, extensões e mais extensões de terras, que foram “griladas” simplesmente e nada aconteceu a esses honrados cidadãos, tão zelosos do patrimônio Brasileiro?

Terras e mais terras mantidas improdutivas, que não sofrem a tributação obrigatória sobre as mesmas, pela própria inércia que mantêm os privilégios. Isto está correto? Semelhantes proprietários, não merecem por parte de ninguém, qualquer recriminação, qualquer certo de conta, para esclarecimento da verdade?

E vai por aí afora a brutalidade dos privilégios ostensivos, que maculam nosso País e enchem de tristeza e angústia aqueles, que tiverem a infelicidade de não ficarem aquém, e compreender as manipulações impunes.

Por isso tudo é que afirmam que um análise do movimento dos sem-terra, na sua luta desesperada por um pedaço de terra e de uma infraestrutura, que permita sua exploração produtiva, só poderá ser entendida, no seu universo sócio-político e cultural.

Todas a considerações devem avaliadas objetivamente, porém, o caminho para solução desses conflitos está efetivamente e acima de tudo, na disposição e vontade política.