Resumo Pareceres do Tempo - Herberto Sales

Resumo do Livro Pareceres do Tempo de Herberto Sales.

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Resumo Pareceres do Tempo - Herberto Sales
Pareceres do Tempo

Pareceres do Tempo - Herberto Sales

Personagens Principais

Policarpo Golfão: recebe uma sesmaria na região de Cuia D'água, no interior da Bahia. Foi uma forma que o governo Português encontrou para idenizá-lo pela morte do pai.

Joaquim Manuel Alçada Golfão(Quincas Alçada): Primo de Policarpo, vem com ele ao Brasil. Se apaixona pela índia Iuru.

Almeidão: dono de pensão, e depois se torna sócio de Policarpo em negócios de gado.

Teodoro Rumecão: ouvidor-geral e pai de Liberata.

Liberata: mulher amada por Policarpo.

Padre Salviano Rumecão: sobrinho de Teodoro Rumecão, traficava escravos.

Sezefredo e Vitorino Rumecão: negociantes de escravos e donos de uma olaria.

Padre Gumercindo e Salgado: responsáveis pela catequese dos índios.

Nicodemos: índio que foi batizado, pela catequese, e passa a se chamar Sinimu. Assassina Quincas Alçada.

Iuru: índia por quem Quincas se apaixona, era irmã de Nicodemos.

Garcia D'Ávila: homem mais rico e o maior proprietário de terras do Brasil.

ENREDO

Em viagem para a Índia, morre num naufrágio um fidalgo português, que para ali rumava em desincumbência de missão oficial. Seu filho único. Antônio José Pedro Policarpo Golfão, recebe do governo de Portugal, em recompensa do sacrifício do extinto fidalgo, uma sesmaria no interior do Brasil, então colónia da Coroa Portuguesa. Preparativos do aquinhoado para a longa viagem, e finalmente sua partida, a fim de tomar posse das temas que na boa forma de lei de Deus e dos homens lhe foram doadas.

Visita de Policarpo Golfão ao ouvidor-geral Teodoro Rumecão, em companhia do sobrinho-neto dessa autoridade, padre Salviano Rumecão, que era, também por sua condição de parante, hóspede habitual do seu tio-avô. Numa janela do Solar dos Sete Candeeiros, vê Policarpo Golfão, pela primeira vez, uma formosa donzela, que depois, vem a saber tratar-se de Liberata, filha do ouvidor-geral. Em conversa com Teodoro Rumecão, Policarpo Golfão e o seu primo Quincas Alçada tomam conhecimento da tabela vigente de preços de escravos.

Policarpo Golfão deixa a vida de Monte Alto e, em companhia do Fidalgo, que o leva no seu cabriolé, ruma para Cuja d'Água. Primeiras impressões do lugar onde seria construída a sede da futura fazenda. De como Policarpo toma conhecimento da presença, em suas terras, dos índios Maracás, e dos conselhos que a respeito deles lhe dá o Fidalgo.

Onde se fala do trabalho de catequese desenvolvido na região pelo padre Gumercindo e pelo padre Salgado. Considerações em torno da região de Cuia d'Água, das suas excelentes terras a das suas pastagens nativas. Da ajuda que a Policarpo poderá prestar o padre Gumerúndo, concernente aos índios que lhe ocupam pequena pane das terras, onde têm roças.

Policarpo Golfão dá inicio às obras da instalação da fazenda em Cuja d'Àgua, arregimentando para isso trabalhadores de ofícios vários, com a ajuda do Fidalgo. De corno o dito Policarpo, por um capricho que somente ele podia explicar, ordenou que ao mesmo tempo se construísse a casa-grande, no exato lugar que ele pela primeira vez pisara Cuja d'Àgua.

Negócios são feitos entre Policarpo Golfão e o Fidalgo, em termos de grande confiança. Fornecimento, pela olaria de Vitorino Rumecão, sócio e parente do Fidalgo, de todo o material de construção para Cuja d'Àgua. De como, nas mesmas condições, foi feita a compra das primeiras reses para os currais mandados construir por Policarpo Golfão.

Onde se fala da anunciada festa da cumeeira, com que Policarpo Golfão queda assinalar um momento muito especial na construção da casa-grande de Cuja d'Água. Além do padre Gumercindo, também comparece à festa o padre Salgado. Chegada do Fidalgo, o principal convidado, no seu cabriolé. De como Policarpo Golfão, querendo que todos participassem da festa, fez vir até a casa-grande alguns índios maracás, trazidos pelo índio Nicodemos (ex-Sinimu). Almoço ao ar livre, depois da benção. Os escravos alegram a festa com danças e canções de suas tribos da África. Momentos de emoção em Cuja d'Água, quando a cumeeira é afinal levantada. Os foguetes do Bertoldo sobem junto com ela festejando-a.

Onde se fala da partida de Policarpo Golfão para uma longa viagem cujas finalidades ele mantinha em segredo. Encontra na Bahia Almeidão, o hospedeiro, que lhe dá notícias do padre Salviano Rumecão. Mal chegado á Bahia, Policarpo envia recado à donzela Liberata, que lhe manda a ele resposta pela mesma pessoa, a costureira D. Rosa, mulher do Almeidão. De como Policarpo veio a encontrar-se com o padre Salviano, que lhe fala dos riscos que estavam correndo os traficantes no transporte de escravos nos navios negreiros. Onde se faz a citação de ilustrativa passagem dum diário de bordo, que confirma as considerações tecidas pelo padre Salviano em sua conversa com Policarpo. De como o dito Policarpo saiu da Sé diretamente para o Solar dos Sete Candeeiros.

Policarpo e Liberata voltam a encontrar-se na igreja da Barroquinha, para as despedidas, na véspera da viagem dele. Onde o dito Policarpo, pela primeira vez, declara-se disposto a pedir quanto antes a mão de sua amada. De corno a precipitação, e não o desejo verdadeiro de vê-lo consumado, torna desaconselhável adiando o pedido de Casamento. Quando uma separação longa faz também longa uma despedida.

Vai Policarpo Golfão ao Solar dos Sete Candeeiros em visita ao ouvidor-geral Teodoro Rumecão, para lhe agradecer a ele a carta de apresentação e lhe dar notícias dos proveitosos entendimentos havidos com Garcia d'Àvila na Casa da Torre.

Volta Policarpo Golfão a encontrar-se na Sé com o padre Salviano, depois da recusa do ouvidor-geral ao pedido que fez da mão de Liberata. De como o dito padre Salviano Rumecão, mostrando-se sensível ao apelo de Policarpo, concede em ensejar um encontro dele com Liberata, para se despedirem. Onde se fala do encontro dos dois, também na igreja da Sé, e de como tomam eles uma surpreendente decisão.

Onde se fala de um convite do dito Policarpo ao padre Salviano, a respeito da imagem que vida de Roma. De como o padre Salviano se mostra compreensivo em relação aos problemas e aos sentimentos de Policarpo.
Enfim, a lua-de-mel de Liberata e Policarpo. De como eles se descobrem , descobrindo o amor que tinham para dar um ao outro. A Primeira noite na casa de beira-rio.

O amanhecer glorioso, quando a telha-vã já não coava a luz da lua, mas a luz do sol. Passeios de mãos dadas ao longo do rio. De como os esposos, passeando uma tarde em doce idílio, são surpreendidos pelo padre Cosme. Onde um encontro na aparência casual se torna instrumento de más notícias, que depressa se espalhando chegam à casa de beira-rio. De como e quando um mal sem remédio remediado está'.

Um amanhecer de muito amor, nos dias de muito amor em Cuja d'Àgua. Concluídas as obras de construção do cemitério da fazenda. De como Policarpo faz acelerar as obras da casa-grande a fim de conclui-las dentro de um mês, para então partir em sua expedição de caça aos índios Maracás. Onde o alferes Percival, latoeiro de profissão, revela-se também afeito à bigorna. Vinda do padre Gumercindo a Cuja d'Àgua, para benzer o cemitério no dia da sua inauguração. Notícias da chegada, a Monte Alto, do Fidalgo, e nova proposta para pagamento a dívida, que ele manda fazer a Policarpo por intermédio do padre Gumercindo.

Chega a Cuja d'Àgua capitão Policarpo com os seus cavaleiros andantes, de volta da expedição contra os índios Maracás. De como Liberata, ante a surpresa do regresso do marido, lhe fala da surpresa que tem para ele. Embora surpreendido com o adiantado estado de gravidez de Liberata, depois de mais de três meses de ausência da fazenda, tem afinal Policarpo a revelação da verdadeira surpresa que o aguardava.

De como o dito Policarpo, tomando conhecimento dos atos praticados pelo caçador de escravos Domiciano, vem a saber o fim que teve o negro depois de castigado na encruzilhada. Conquanto mandasse o alferes Percival dispersar os homens, anuncia-lhes Policarpo que em breve partirão em nova expedição.

Volta a expedição a Guia d'Àgua, depois de Policarpo Golfão vingar a morte do seu primo Quincas Alçada. De como estranha ele que à sua chegada não o saudasse de novo José do Vale com novos foguetes A lenta e apreensiva subida da Colina.

Onde se fala de acontecimentos que ocorreram na ausência de Policarpo debaixo do teto de sua própria Casa- Ocasião em que todos se calam por lhes ser a eles impossível falar. De como, depois de procurar em vão por toda a casa a sua amada, tem Policarpo afinal noticias dela. Um chamado urgente traz mais uma vez o Padre Gumercindo a Cuja d'Àgua. Onde se fala dos novos herdeiros de Policarpo.