Resumo Juca Pirama - Gonçalves Dias
Resumo do Livro Juca Pirama de Gonçalves Dias.
Enredo
Neste momento faço a citação de uma síntese muito bem - elaborada pelo prof. Deneval S. Azevedo Filho:
Um "eu narrador " conta as lembranças de um velho índio Timbira que, também com status de narrador, num clima trágico e lírico, narra a história do último guerreiro tupi l-Juca-Pirama_ remanescente de sua tribo em conjunto ao pai, um velho chefe guerreiro cego e doente.
O herói tupi é feito prisioneiro pelos Timbiras, guerreiros ferozes e canibais. Antes de ser morto, do guerreiro tupi é exigido que entoe o seu canto de morte, cantando seus leitos, sua bravura e suas aventuras, pois a sua coragem de guerreiro e a sua honra - acreditavam os Timbiras - passariam para todos que, depois do rito de morte, comessem as partes do seu corpo.
I-Juca-Pirama conta sua história, fala de sua bravura, das tribos inimigas, das suas andanças, de lutas contra Aimorés, mas, pensando no pai cego e doente, velho e faminto, sem guia, pede que o deixem viver. ("Deixai-me viver! - canto IV).
Seu ato é interpretado como covardia e o chefe dos Timbiras ordene que o soltem (Soltai-o - canto V ) e depois de ouvir o guerreiro, ordena-lhe: "És livre; parte.".
O guerreiro tupi promete-lhe que voltará depois da morte do pai.
No canto VI, de volta ao pai, o herói, que foi preparado para o ritual, conversa com o pai cego que sente o cheiro forte das tintas que haviam sido passadas no corpo do prisioneiro, tintas próprias dos rituais de sacrifício.
Destarte pergunta ao filho:
_"Tu prisioneiro, tu?". E ao ficar sabendo pelo próprio filho o que acontecera, desconhecendo o verdadeiro motivo de sua volta (zelar pelo pai doente), o velho leva-o de volta aos Timbiras e o maldiz, rogando-lhe pragas e desejando-lhe que nem a morte o receba.
O filho reage e resolve mostrar que não é covarde. Grita "Alarma! alarma" o seu grito de guerra. O velho escuta, tomado de súbito pela reação do filho que luta bravamente, golpeando inimigos e destruindo a tribo timbira até que o chefe lhe ordena "Basta!".
A honra do herói é então recuperada. Chorou pelo pai o moço guerreiro. E ao ser mal interpretado lutou como um bravo "valente e brioso".
Realmente é uma bela estória, não é mesmo? Certamente você já deve ter visto filmes hollywoodianos com um enredo bem menos criativo.
No Brasil acredita-se que a alta cultura não é acessível ao popular e desta forma surge uma descriminação às avessas_ de baixo para cima. O leitor no Brasil recebe alcunha de alienado e pasmem_ ignorante de sua própria realidade!
Observe como a estória descrita acima é de um enredo extremamente popular, para não dizer até apelativo.
Como é claro compreender que o aluno é um agente de mudanças, carecemos que você leia a obra para que possa vivenciar o quão grandiosa é a arte brasileira.