Resumo É Difícil de Entender, Vô
Resumo do livro É Difícil de Entender, Vô de Nelson Albissu.
Resumo do Livro É Difícil de Entender, Vô
O livro retrata a convivência do avô com o seu neto. Felipe e, o avô Amâncio, observavam o céu todas as noites. O menino, questionava o avô, como nasce uma estrela.
E, este respondia, que toda estrela foi, um dia um velho guerreiro indio que morreu. Os dois juntos pareciam crianças.
A avó, Teresa, vivia chamando atenção dos dois, para comer e ir tomar banho. O apelido do vô era Vô Coruja ,quando Felipe era neném, e logo vou reapelidado de Võ Corta Choro, pois nos braços do vô o neto encontrava o remédio apra todos os males.
O vô Amâncio, estava com uma tosse intensa, mas nada o desanimava de brincar com o neto.
A mãe do Felipe, todos os dias, o deixava cedo na casa dos avós, para ir trabalhar. O menino varava as portas e corredores, que conduzem ao quarto dos avós e, o avô a pretexto de poder gozar os seus dias de aposentadoria, fazia questão de esperá-lo dormindo, só para ser cutucado e, brincar entre as cobertas.
O vô brincava com o neto, de capitão dos sete mares, fazendo da cama, o seu navio, chamando o neto de marujo e, este lançou o travesseiro da vó ao teto do quarto, como bandeira do navio.
A vó queria que o vô fosse ao médico ver o porque de tanta tosse, mas este preferia ficar na companhia do neto brincando. E, na brincadeira de capitão e marujo, os dois fantasiavam sobre cardume de peixes, olhando o penico debaixo da cama.
A tia do menino, chama-se Ana Rita, vinham no quarto se arrumar para o trabalho, pois lá havia um espelho grande e, este a achava, uma chata por atrapalhar a brincadeira dele com o avô.
O Felipe, estava ha hora da escola, tinha que parar de brincar com o avô, e ficava chateado, o vô disse que voltariam a brincar após a escola, mas ele disse que teria dentista, e teria que ficar para mais tarde. E , o menino perguntou ao vô o nome do navio e, este o batizou de Tariana, invertendo o nome da filha, tia , mesmo sabendo que entre eles haviam algumas diferenças, a serem resolvidas.
Na escola, Felipe ficou distraído pensando na brincadeira com o vô e, que se estivesse no navio, aquela hora já estariam do outro lado do mundo, no Japão . E, a professora o chamou atenção por estar pensativo. E, este se sentiu incompreendido, vez que ás vezes levava bronca por estar bagunçado e, outras por estar quieto , e pensou que só o vô o compreendia.
O pai de Felipe, Alfredo, também sentia ciúmes do relacionamento entre seu pai e Felipe, pois os dois eram muito unidos e, estavam sempre brincando, achava que o vô o estragava.
A mãe de Felipe, disse ao pai dele, Alfredo, que em vez de implicar com o relacionamento deste, com o vô, deveria ser mais participativo, brincando também com o filho, o que nunca fazia, já que estava sempre cansado do trabalho.
E, o menino que ouviu a mãe reprendendo o pai, concordou.
Felipe, e o vô fizeram no quintal uma cabana de índio, com cocar e colar indígena, com as penas dos patos da vô. Todo o domingo o vô inventava para a avó que queria comer pato, só para a vò matar mais um pato.
O menino queria que o pai também brincasse de índio com eles, mas sabia que não viria, pois até no domingo, não tirava a gravata, que para ele já era um hábito.
E, o menino então sonhava que quando o avô o ensinasse a ser capitão do navio, iria para o Amazonas, conhecer uma tribo bem grandona.
No dia seguinte, Felipe ao chegar na casa do vô, não o encontrou, a cama estava vazia e, a vó disse que ele tinha tido um compromisso, para não contar que o mesmo tinha ido ao médico e, deixar o neto preocupado.
E, o menino ficou esperando o vô no portão, até a hora de ir para escola. O vô voltou tarde do médico, tinha ido ao SUS, enfrentando fila no atendimento e, após o médico solicitar exames urgentes, outra fila, para marcar nova data, para ir marcar os exames, sequer os atendentes, lhe desse atenção. Lembrou-se que já havia vendido uma casa, para se tratar, pois se tivesse esperado pelo sistema da previdência estaria morto.
O médico havia solicitado, que retornasse com um acompanhante da família, quando trouxesse o resultado dos exames, o que o deixou preocupado e, comentou com a mulher, Teresa, que disse que deveria tê-lo acompanhado pois ficou esperando-o preocupada, ele achou uma bobagem.
Naquela noite, o võ Amâncio passou muito mal, e acordou a mulher, que estava ao seu lado e, começou a lembrar do passado, sempre enfatizando alegria do neto, lembrando de histórias com o neto, como quando um gato pulou no telhado e, disse ao neto, que o gato era neto de antigo gato seu e, quando o mesmo foi embora, disse ao neto, que este voltaria na lua quarto-minguante, pois os gatos se casavam na lua cheia, e quando a lua estiver quarto-minguante e o casal não caber dentro dela, ele voltaria e, toda vez que lua era quarto minguante, o vô levava uns pedaços de carne para lavandeira e, o gato aparecia.
No dia seguinte, quando o menino chegou o võ chamou para brincar e, o nomeou capitão do navio , e quando o menino disse que estavam indo á Espanha, o vô começou a contar a histórico de seu avô, que não pode embarcar com a família da Espanha para o Brasil, porque tinha dezoito anos, e teria que servir ao rei, que veio para o Brasil, fugido .
O vô e Felipe, foram brincar na rua de empinar pipa, o vô observava que o bairro havia mudado, muito da época da infância de seus filhos, um amigo comentou que o bairro estava crescendo para o céu, devido aos prédios. Encontrou um amigo na rua, que disse que havia sofrido um derrame e, olhando para o céu, sentenciou que iria chover.
O menino preocupado com a permeabilidade do papel de seda do pipa, quis confirmação. Vai chover, vô? O vô olhou para o céu, e constatou que estava claro . E, de repente, começou a chover e, então não conseguindo se abrigar com o neto, acabou por tomar chuva brincando com este.
E, chegou todo molhado em casa, levando bronca da avó, devido a sua tosse, e o Felipe preocupado, acabou também por repreendê-lo, dizendo não ouviu o homem que entendia de chuva.
E, o avô o fez calar, fazendo psiu. O menino ficou chateado, e o vô, também mas entendia que ele havia feito isso por amá-lo e, estar preocupado com sua saúde. No dia seguinte, o vô doente, Felipe ficou preocupado com o estado do vô de cama.
E, o o avô piorou e, avô chamou o filho para levá-lo ao hospital e, a filha e, contou-lhe á respeito dos exames, estes então resolveram levá-lo a um médico particular, que pediu para que realizasse os exames e, que estes eram caros. A filha que tinha economia, pois pretendia fazer doutorado na Europa, logo prontificou-se ajudar o pai, o filho desesperado pois tinha gastado todas as economias na compra da casa vizinha ao pai e, agora não podia ajudar, a mãe o consolava dizendo que a maior alegria do pai era morar ao lado do neto.
A mãe também se preocupava com a filha gastando todas as suas economias no tratamento do pai, mas está dizia para não se preocupar que economizaria de novo. O menino, Felipe, no período de internação do avô ficou arredio, não fazia perguntas, no entanto, se escondia atrás dos móveis, para ouvir as conversas.
Quando retornou para casa, o neto, não foi ver o avô e, este reuniu todas suas forças para ir de encontro ao neto e, tirou o da cama, para brincar e, ele então acreditou no que os adultos diziam que o avô não tinha nada e, foi brincar.
O vô voltou a ser internado, foram quatro meses e poucos dias de sofrimento e internações sucessivas e dúvidas. A professora do Felipe, desconhecendo o seu problema, reclamou do seu desempenho na escola. O menino estava triste, de nada adiantaram a mãe tirar férias, para lhe fazer companhia, e o pai ter esquecido o jornal naquele tempo todo. Nem o carinho da avó, nem o esforço da tia, que ficou sócia de um clube, para que ele brincasse na piscina.
O vô voltou para casa, muito magro e abatido, o neto recusou-se a visitá-lo e, o vô encheu-se de coragem e foi de encontro ao neto e, quando chegou no território indígena, foi barrado pelo neto, sem camisa e de cocar na cabeça. Aqui não entra homem branco.
Num impulso de raiva, o avô arrancou o paletó listrado e, num tom desafiador, enfrentou o cacique, batendo com um murro forte no peito despido: Mim, também índio - e invadiu a cabana.
E, contou ao neto que iria morrer. E, este disse: vô você sabe que índio não morre. Índio não morre, índio vira estrela.
E, o vô acabou falecendo e, avó abraçada ao neto, querendo consolar-se, este disse para não chorar, que o vô ainda está vivo, apenas virou uma estrela.
Horas depois, o menino brincando na cabana de índio, procurou no céu, o outro índio.
Uma estrela piscou para ele e, convicto também piscou para a estrela. Eu pensou, eu sei que é você, vô. Com brilho, a estrela confirmou. Não querendo que a estrela o visse chorando, abaixou a cabeça e confidenciou:
-Mas é difícil, entender, vô!